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quinta-feira, 21 de junho de 2012



Purificação

a tarde
carregada de chuva
desabou sobre nós
(pobres pássaros exilados dos ninhos)

e tudo era rumor de água brava
tudo submergia
(palavras inertes naufragadas na lama)

a tarde
enxuta da chuva
expõe agora
seus parcos cadáveres
à luz trêmula do ocaso
(e as almas estão limpas)


by Ana Maria G. da Costa

3 comentários:

  1. Muito obrigada pela postagem, Joana! Fico honrada em ter um poema meu postado em seu belo blog! Abraços!

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  2. Lindo joaninha.. parabéns Ana.. belíssimo.

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  3. Eu que agradeço por ter um de seus poemas em meu blog minha amiga querida, seu talento e sensibilidade me fascinam.

    Bjs

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