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sábado, 30 de junho de 2012
Amarelinha
Tem céu,
tem também inferno.
A pedrinha,
lançada com fé
procura o céu
mas uma geografia perversa (parece que o Coisa-Ruim trama isso)
faz o inferno alargar
e por um largo pequeníssimo
cai o sortilégio
um pouco pra lá de onde deveria.
Aí a gente tem que pular
os pedaços marcados
coisas lindas e desejos gozosos
quedam ao lado.
Há uma pedra,
sim,
que a lançadeira tem por dever de obrigação recuperar.
O poema parece amarelinha
se jogar a palavra uma vez ou duas
longe do céu desejado, encanto não há.
by Silvio Lourenço
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